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Disfunção erétil – Prostatectomia radical e fisioterapia

Disfunção Erétil e a Prostatectomia radical

A disfunção erétil (DE) é considerada na prática clínica uma das mais temidas complicações enfrentadas na cirurgia de prostatectomia radical. Sua prevalência é discrepante na literatura (20% a 90%). Muitos homens apresentam esta condição pré operatória o que dificulta uma fiel avaliação do pós operatório, além das diferentes formas de avaliação da função erétil, levando resultados diferenciados.

A etiologia da DE depois da cirurgia é provavelmente multifatorial (vascular e neurogênica) podendo ser afetada por diversas condições como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, depressão, IMC e qualidade das ereções pré operatória.

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Fatores importantes sobre a Disfunção Erétil e a Prostatectomia radical

Três fatores importantes prognósticos na determinação da função sexual após prostatectomia radical: Idade, função sexual prévia cirurgia e grau de preservação intra operatória dos feixes neurovasculares.

Lembrando que independente da realização da cirurgia, ocorre aumento significativo na prevalência de Disfunção erétil com a idade, afetando homens dos 40 anos aos 70 anos (30%), e homens aos 80 anos aproximadamente (75%), isto se deve ao fator de envelhecimento, alterando também a fisiologia geniturinário.

Muitos homens apresentam incidência elevada de disfunção erétil antes da realização da cirurgia (62% dos pacientes). Fator importante na avaliação do paciente antes da realização da Prostatectomia radical, amenizando a responsabilidade da Disfunção erétil como causa da cirurgia.

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Três fatores importantes prognósticos na determinação da função sexual após prostatectomia radical: Idade, função sexual prévia cirurgia e grau de preservação intra operatória dos feixes neurovasculares.

Lembrando que independente da realização da cirurgia, ocorre aumento significativo na prevalência de Disfunção erétil com a idade, afetando homens dos 40 anos aos 70 anos (30%), e homens aos 80 anos aproximadamente (75%), isto se deve ao fator de envelhecimento, alterando também a fisiologia geniturinário.

Muitos homens apresentam incidência elevada de disfunção erétil antes da realização da cirurgia (62% dos pacientes). Fator importante na avaliação do paciente antes da realização da Prostatectomia radical, amenizando a responsabilidade da Disfunção erétil como causa da cirurgia.

Um dos fatores prognósticos para Disfunção erétil  pós Prostatectomia Radical, a lesão neurogênica, que provoca a redução de quantidade de óxido nítrico, liberado pelas terminações nervosas durante a atividade sexual, reduzindo assim a função erétil.

O impacto na Disfunção erétil tem como base no grau de preservação dos feixes neurovasculares que dependem da extensão tumoral (estadiamento) e do grau Gleason, tornando-se esses fatores prognósticos para preservar a função sexual.

Quando há alteração da inervação dos corpos cavernosos leva o músculo liso cavernoso e outros tecidos envolvidos na ereção à hipóxia e fibrose, comprometendo a recuperação da função erétil.

Vários autores referem-se o importante papel do estímulo precoce sexual .

A ereção peniana é um importante e complexo processo que envolve múltiplas interações  entre o sistema nervoso periférico(SNC), Sistema Nervoso central(SNC) e sistema vascular. O pênis recebe inervação autonômica (simpático e parassimpático) e somática ( sensorial e motora). O componente somático, formado pelo nervo pudendo, é responsável pela sensibilidade do pênis e pela contração dos músculos isquiocavernoso e bulbo cavernoso. Estudos demonstram que a atividade muscular dos ísquios e bulbo cavernoso aumenta a ereção peniana, pois agem no início e na manutenção da ereção, e que o isquiocavernoso induz a maior rigidez peniana devido à compressão dos corpos cavernosos congestionados e conseqüentemente aumento da pressão intra cavernosa. Esta musculatura enfraquecida pode estar relacionada a dificuldade da ereção após a prostatectomia radical.

Os músculos do assoalho pélvico perdem força, trofismo principalmente por imobilidade.

Segundo Colpi et al, o reforço muscular através do trabalho da fisioterapia, principalmente do isquiocavernoso, auxilia a recuperação da ereção.

Poucos estudos avaliam os resultados da reabilitação na disfunção erétil, por metodologias inadequadas (diversas etiologias) prejudicando assim a validação da forma terapêutica que melhor resultado.

Prota et al, comparam o treinamento da musculatura do assoalho pélvico, com a utilização do Biofeedback, e os resultados mostram um impacto significativo na recuperação da função erétil com a intervenção precoce através do Biofeedback.

Conclusão

O tratamento fisioterapêutico se mostra importante no pós operatório de PR, onde estudos demonstram melhora significativa da Disfunção erétil.

Referências bibliográficas:

Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativa 2016 de incidência de câncer no Brasil.    Disponível em http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/sintese-de-resultados-comentarios.asp

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Clínica Oncofisio ®

Prof. Dra. Kátia Cunha Godinho

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